segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Quaresmix

Bom... já se foram 24, 48, 72 e seguem-se contando as horas desde que a noite tão esperada chegou e eu simplesmente ainda n soube entender, lidar, expor ou compreender tudo o Q passou, principalmente, tudo o que virá. (Nesta que foi, possivelmente a única boa nova de 2016).

Não estou falando do momento em que a vi entrar na igreja, mas sim do sorriso de todos nós quando nos reunimos a primeira vez P apenas dançar. Ensaiar algo q nem sabíamos como ia funcionar e onde entraria na festa. Vi ali nos rostos dos envolvidos muito mais do que dedicação, vi carinho, desejo, gosto, amor, amizade como poucas que se faz ao longo de toda a vida.  Não faltou companheirismo, preocupação, em cada detalhe, do início ao fim deste novo começo.

Histórias que se cruzaram por que vocês resolveram construir uma única.

Se eu chorei? Não sei. Mas senti o coração bater na garganta ao entrar na igreja com meu par que tinha as pernas bambas. No caminho entre a porta e o altar, cada passo em cada acorde da música brilhantemente escolhida ( tema de O Poderoso Chefão) fazia o corpo inteiro arrepiar.

Meu amigo, eu te vi chorar ao receber a noiva mais linda que se tem notícias desde que os primeiros bardos começaram a cantar. A vontade era de correr e te abraçar ali mesmo, naquele momento.

Minha amiga, te vi chorar e sair da sua fortaleza de sabedoria ao encontrar com os olhos de teu noivo na hora do Sim. Um noivo em sua plenitude, alma e coração dedicados a o propósito físico e espiritual deste sacramento. Quis limpar tuas lágrimas antes da cerimonialista, afinal, quem é ela pra estar neste momento tão lindo e íntimo ctg? Talvez eu também n devesse essa honra, mas era difícil responder diferente.

Vocês jogaram nesta cerimônia um jogo perfeito, não pela beleza dos adereços, pelas músicas ou pela grande festa que se sucedeu. Mas sim pelo amor que movimentaram.
Em tempos tão difíceis e extremados, por 5 dias vocês fizeram todos os envolvidos acreditarem no amor e principalmente se perguntarem; eu já amei mesmo?

É tão difícil responder esta pergunta por que o que nossos olhos testemunharam nossos corações Ainda não souberam traduzir P algo palatável a humanidade - clichê e - desumana.

É incrível estar em um lugar com a certeza que ali era o único lugar no mundo em que você poderia estar. Por que tudo oq foi feito a vida toda por todos os presentes foi guiado P estar, naquele momento ali, testemunhando, sentindo, chorando, a beleza de cada instante.

Eu tenho um agradecimento pessoal a fazer a vocês dois, primeiro por terem me propiciado fazer parte disto tudo, terem lembrado de mim mesmo tão longe e me posto do lado esquerdo da família. Nunca tive uma honra tão grande em toda minha vida. Segundo por me fazerem descobrir que eu ainda sinto os delírios dos 15 anos. Por me obrigarem a fazer uma reflexão tão profunda dos caminhos que trilhei até aqui. Me encorajarem a uma nova e necessária mudança. É hora da coragem para, como vocês, buscar a Felicidade. Por fim agradecer por me fazer reatar laços, construir novas pontes e me ajudar a concertar aquela velha bússola.

Amanda e Rafael, meus anjos, amigos, compadres. Serei sempre um dos fiéis escudeiros de suas felicidades. Além de agradecido, estou comprometido integralmente com cada passo nessa vida de vocês como padrinho dessa união selada desde que a alma de vocês encontrou os seus corpos.

Como diria o poeta; que seja Eterno enquanto dure.

Com carinho e amor.

 Algum lugar do sul do Pará ou norte do Tocantins, 11 mil pés de altura, 21 de novembro de 2016.

Daniel Gaspar.

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