quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Ouro do Tolo e o Capital estrangeiro nas Universidades Brasileiras, simplificadamente porque somos contra.



Existem discursos que o movimento estudantil adota que por vezes parecem, ao chamado estudante-padrão, algo completamente distante de sua realidade.  É o caso da ingerência do capital estrangeiro nas universidades pagas brasileiras.  Mas enfim por que somos contra?

Os motivos vão muito além da Soberania Nacional ou a soberania do povo brasileiro em ter o conhecimento produzido por seus cidadãos a serviço dos interesses do povo e não de uma multi-nacional qual irá se aproveitar de nossa frágil condição financeira para ampliar as desigualdades nacionais e sociais provocando a tão conhecida "Fuga de Cérebros".    O Motivo principal está na garantia da livre condução do trabalho científico.  

"Nem vem, isso é Neura de Comunista" - Não meu nobre coxinha, esta é a preocupação de quem desenvolve uma pesquisa que tem relevância social porém não tão econômica.  "Mas isso é problema das ciências sociais" - não novamente sr. Recheado, isto se aplica a todas as ciências, desde a construção de um projeto de Combustíveis alternativos a gasolina a uma pesquisa constitucional.  Por que as universidades de Direito mantém suas bolsas de pesquisas quase todas integradas ao direito empresarial, econômico e Ambiental em detrimento das pesquisas constitucionais ou de realidade do sistema carcerário nacional?

Ai mora o problema da falta de soberania quando se tem investimento estrangeiro, pois no final das contas quem paga diz quais são as regras e retira das instituição de ensino superior a sua autonomia sobre a pesquisa e extensão, deixando assim o tripé da universidade bambo, na verdade, fazendo com que este vire uma estaca, estática, cravada apenas no Ensino.  

"Ah, mas isso é uma liberalidade da universidade, ela decide com quem faz negócios"... PEEENN errado novamente amigo Oleoso.  No Brasil as IES Pagas são uma concessão do Estado Brasileiro, por tanto devem sim, antes de tudo, servir ao interesse Coletivo, Popular e tal submissão não tem nada nem de coletivo e nem de popular.  Ou seja, tal liberalidade não pode ser meramente invocada para que se possa justificar submeter um instrumento de progresso do povo brasileiro - a universidade - ao interesse e especulação do interesse privado ESTRANGEIRO, fazendo com que nosso ouro do século XXI seja levado novamente por nossos colonizadores educacionais, pagando preço de tolo.

Vale lembrar também que o Capitalismo não funciona na mesma lógica da Educação, ao contrário, a Educação é a positivação e a transformação do ensino em conhecimento, enquanto o capital é meramente o lucro pela demanda.  Ou seja, enquanto houver demanda pode haver investimento para que haja o lucro subsequente, porém quando acabar tal necessidade  o cheque não será descontado e por tanto acabam-se ali os sonhos do pesquisador, mesmo porque na maioria dos casos 50% dos direitos da pesquisa não são do desenvolvedor e sim do financiador.  O que quero dizer com isso é a educação do povo brasileiro não pode estar na mão da especulação do capital estrangeiro, pois este foi o cassino que desde 1929 vem destruindo vidas ao redor do mundo a cada quebra de bolsa de valores, afinal as crises dos ricos são sempre pagas pelos pobres.  Neste Caso a crise dos financiadores será paga pelos pesquisadores.

Defendemos um sistema nacional de investimento em pesquisa e extensão, no aumento do valor das bolsas ofertadas e principalmente a ausência total e irrestrita de Capital Estrangeiro em nossas Universidades.  TIREM AS MÃOS DA MINHA PUCPR!


Daniel Gaspar.
Coordenador-Geral do Núcleo Frei Tito
União da Juventude Socialista / PUCPR

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Me desculpe...


Nesta floresta de encantos eu senti você,
Tua presença tão forte como em cada amanhecer,
Cada anoitecer com teu olhar no meu ombro...

Senti teu canto me beijando
Tua voz me acalmando
Carregada pelo vento de tua mãe
Vindo do mar de todos nós...

Vi nas estrelas a angústia da tua falta
Soturna noite,
...Breu em alta

As lágrimas que não deixei cair
Ao pensar no teu pesadelo,
No meu pesadelo das noites em rodeio

Meu coração apenas grita a angústia de não estar lá.

Me Desculpe não ter estado lá.
Me Perdoe por não ter te conhecido...
Me Desculpe por não ter te protegido quando você tanto precisava
Me perdoe por meus caminhos tortos e sem sentido
Sou apenas um errante, filho das pedras que rolam sem rumo.
Sem saber onde foi um dia meu cume.

Peço perdão pelos relógios que não batem,
Pelos caminhos que se trancam,
 Pelos atrasos do acaso...

Preciso da desculpa da culpa de não te abraçar essa noite,
Perdão pelas poesias que não publiquei, nem te mostrei, nem esbocei.
Mas se não perdoares este bêbado porta por faltar até consigo mesmo,
Saiba que se escrevo é só por você.

Sei que meus contos são angustiados e eufóricos, tristes e felizes, fortes, as vezes cruéis...
Mas entenda, quando a vida não foi, conosco, assim?
Escrevo o que vejo, um pouco do que sinto e muito do que espero.
Mas tudo refletido em você. 

Me perdoe por fazer de você minha fonte de esperanças, vida, livros... Inspiração.
Me perdoe por precisar tanto ir para longe, por tantas vezes, e tomar tantos caminhos sozinho,
Mas é um modo de encontrar você
Esperar que você encontre a mim, na saudade de uma noite fria no colo de seu travesseiro quente.

Perdoe esse bufão-boêmio que desta vida só quer teu amor,
Um pouco de calor,
Aventuras com certo risco
E teu mais sincero sorriso.


Daniel Gaspar

domingo, 7 de julho de 2013

Cartas do tempo.

“A gente só percebe como o tempo passa quando ele... passa.”  Dizia  Velho veterano de guerra naquele canto da biblioteca, enquanto recordava suas aventuras e lutas em plena Europa destruída.  Ele dizia que aquele havia sido o melhor momento da sua vida.  Naquele instante eu não compreendia como a morte, a desolação, perda de amigos, noites e dias inteiros em combate poderiam ser as melhores partes da vida de um homem que foi tão longe quanto aquele senhor, respeitável agente de um grande banco estatal.  Ele dizia com lágrimas nos olhos a saudade que sentia do cheiro da guerra.  Pouco tempo depois da nossa conversa ele morreu e o tempo passou.

Me encontro aqui na mesma sala da biblioteca municipal, apreciando os livros que escrevi e pensando em todas as histórias que não contei...  Mais ainda, recordando as aventuras que vivi, e martirizando as que me impedir de ter.  Trago hoje, em minhas mãos, um maço de cartas antigas, todas assinadas e seladas, porem nunca enviadas... Motivo? Medo de meus próprios sentimentos..  Porém , como pode um escritor como eu ter medo de seus próprios sentimentos?  Talvez a inconstância deles deva ser uma das razões.  Não esqueço o sorriso da  menina que um dia fiz chorar por conta do meu eu perturbado, um eu que ama e não aceita a condição humana do passageiro, afinal o tempo passa...

Escrevi minha vida toda sobre personagens míticos, assassinos, aventureiros, e brinquei com os sentimentos deles para assim, brincar com os de meus leitores.  Mas eu nunca enviei estas cartas...


A velhice chegou, e muitos dos endereçados já nem estão mais vivos... Amigos, amantes, pessoas que poderiam ser tudo na minha vida, mas apenas deixei passar pelo medo de passar.  Hoje entendo aquele velho combatente, entendo o porque ele sorria tanto em cada verso de sua poética memória sobre a grande guerra.  Pois ele aproveitou cada pessoa como se fosse seu último instante, viveu livre para amar e ser amado, odiar e ser odiado, tão difenrente de mim na estabilidade de minha cadeira de balanço...  A proximidade da morte o fez entender aos 20 anos o que eu só fui perceber enquanto acendia meu cachimbo hoje, aos 76 anos...  Passei minha mão em minha careca, senti minhas rugas, marcas que não pensei que viriam e que não me perdoaram.  Reli, então, cada uma dessas cartas e sofri a cada linha que faria alguém sorrir.  Meu mais belo livro, eu soluçava, ao ver que eu nunca publiquei.   Mas o tempo passou... 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A Encruzilhada

Chegamos finalmente naquela encruzilhada, algumas horas atrasados, pela lua perto da meia noite... Nada nos acompanhava além da luz das estrelas e lanternas, e que lua, nunca vi tão linda e tão redonda, basicamente iluminava o caminho a nossa frente sem  auxílio de nossas fracas luzes...

Aproveitamos o ponto conhecido para respirar antes de seguir até a caverna mais ao norte onde poderíamos dormir tranquilamente.  Nossas pernas latejavam de tantos quilômetros andados em ritmo forte, porém ineficiente.  As mochilas é obvio que nem pesavam mais seus 20 quilos originais, porém já faziam parte de nossos corpos.  Sentados na encruzilhada ouvíamos o som do rio ao longe e um estranho cheiro de tabaco permeava o ar... Logo levantamos.

Iniciamos novamente a caminhada, como meu  TOC manda, nos primeiros 20 passos abri minha bússola para conferir o que já sabia, porém  sua seta não parava, rodava sem destino ou posição enquanto o cheiro de tabaco aumentava.  Confesso que aquele caminho tão familiar durante o dia era muito mais estranho pela madrugada.  Então parei, senti que algo me congelou e não era o vento gelado dos montes a essa época do ano, respirava fundo enquanto ouvia os passos de meus amigos pararem também... O erro de olhar para trás foi inevitável e no meio de uma fumaça de tabaco, vinda de um grande charuto surgia uma figura, capa e cartolas pretas, com detalhes em vermelho e uma camisa branca e de babados...  A voz era suave porém aterradora e eu não sabia como responde-lo a sua simples indagação: "Boa Noite?  Passar pela minha  encruzilhada a essa hora requer coragem que poucos tem, achar o caminho necessita equilíbrio e o destino tem de ser a paz.". Meu sangue quase parava a cada uma de suas palavras, reuni forças e apenas disse que precisávamos chegar a caverna para descansar.

A figura vinha se aproximando, andando lentamente como quem calcula cada passo de olhos fechados, por não precisar ver o caminho. Respondeu-me tirando o charuto da boca e puxando uma longa bengala das costas "O caminho é simples neste caso e posso lhe mostrar sem dificuldade, pois certamente sozinhos não chegarão lá, lhes peço apenas um pouco da cachaça que vós trazeis...".

Me virei e respondi apenas pelo medo que me tomava e corri, corri sem ver para onde, corri como se minha vida dependesse disso em direção ao  barulho do rio.  Ouvia outros paços mas nem pensava em descobrir de quem eram, não sei se abandonei, fui abandonado ou seguido por meus amigos, apenas sei que segui para um canto.  O cheiro do tabaco se intensificava e eu nem via mais em que pedra pisava, até que acordei na caverna... cabeça enfaixada, sem minha cachaça mineira, cheirando a cavalo e desnorteado.  Meus amigos chegaram pela manhã, tranquilos e mais limpos que quando os deixei.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A Curva, o anjo e o fim.


Agora sim estou em paz... como é bom ver seu sorriso, assim de pertinho... Como é bom ter teus bracos me envolvendo... Paz... O vestido branco sobre tua pele morena que baila ao sabor do vento...  Daqui, acomodado em teus seios, posso sentir teus pés de veludo tocando os meus...

Tão bom sentir a brisa envolvendo nossos corpos, juntos, quentes, frios...  Tudo passa tao rápido e nada mais vai passar na minha vida, pois tudo pelo o que eu corria eu achei... você.

Apareceu ali novamente, com aquele mesmo olhar de quando era feliz comigo antes de partir sem me dar adeus.  Surgiu naquela curva, naquele momento em que tudo parecia perdido.  No momento em que o arrependimento mortal bate antes do segundo final...

Como é feliz terminar tudo aqui, protegido por ti minha amada.

Não que eu acreditasse que aquele caminhão fosse realmente tentar ultrapassar o outro em uma curva fechada, vendo que eu vinha tao rápido ele apostou em meus freios... Eu apostei no guard-hail.

Ao impacto minhas mãos soltaram o volante e meu carro saltou da pista...  Lembro claramente da cada nota que vinha do rádio, ligado em mais uma estacão de noticias, Que logo noticiaria o fim de meus dias, sem saber quem eu seria.

Nada saberiam sobre nós, sobre nosso amor interrompido pela minha infantilidade e pelo seu ciúme cronico.  Não saberiam que você e apenas você estava lá para me aparar da queda com todos os cacos de vidro do meu parabrisas, afinal você sabe que eu não uso cinto.


Afinal, quem diria que virias, justamente tu, vestida de anjo me pegar pelas mãos para dar meu ultimo voo?

Sinto muito a todos que deixei para poder dar este voo aos bracos do meu amor, sinto muito a você, meu amor qual eu não pude me despedir, mas sinto você aqui, na curva, na batida, na queda...  Sinto muito por não ter sorriso quando eu deveria, por pura birra, mas me sinto feliz de saber que na estrada da sua vida, eu não serei a curva de teu fim, como foste na minha.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Justica, mesmo que tardia - Quarta Gota da Rosa


Finalmente eu tinha você em minha mira... quem diria.  Tanto tempo depois e tao distante de onde tudo ocorrera, voce finalmente estava em minha mira....  Sei que não me conheces bem, mas sei tudo a seu respeito...seu desrespeito.....

Seus cabelos ao centro da minha  cruz pareciam dançar esperando eu acabar com sua maldita existência...  Estavas do mesmo jeito que da ultima vez q infelizmente te vi... sentado num sofá de costas para a janela, traficando drogas de quinta qualidade e abusando de jovens desnorteados....  Se favorecendo do sistema que lhe criou, um boizinho rico que apenas se aventurava pelo mundo destruindo vidas e talentos por seus lucros.

Mas nao poderia t dar o prazer de morrer sem nem saber q havia morrido....  Nessa tenda eu havia de entrar, mesmo sabendo q um covarde como você nunca estaria sozinho esperando a morte bater a sua porta, e assim fui/.  Cortando a garganta do primeiro sem nenhuma cerimonia, sem barulho, sem piedade... E antes que você me visse eu estava a sua frente e minha 9mm ja teria grudado o sangue de seus amigos na parede da velha cabana marroquina.

Você esboçou reacao eu pude por minhas mãos em seu pescoço de leite ninho, te grudei na parede e falei tudo o que havia para ser dito, tudo que eu queria dizer antes mesmo de te conhecer... Seus olhos arregalaram ao me reconhecer, ao me ouvir... Arremessei teu corpo ainda em choque sobre o sangue de seu melhor amigo - como se caras como você tivessem amigos...-.  Cada soco em teu rosto era um pouco de alivio para tantos anos de tortura sabendo que você ainda respirava....  no primeiro vc tentou se defender, no segundo quebrei seu nariz, no terceiro comecei a arrancar seus dentes e so parei quando não conseguias mais sorrir, desse seu jeito sórdido.  Cuidei para que não perdesses a consiensia, não te privaria de se ver morrendo em minhas mãos....

lembro-me do som de quando abri minha faca italiana, e da senssacao dela rompendo sua carne, desde a base da sua região pubiana até bater em seu externo.... Teus olhos de desespero me davam prazer a cada vez que eu puxava a faca mais pra cima e ia separando lentamente teu tórax, até finalmente chegar em sua garganta, e tuas tripas decorarem o chão que antes pisara tao imponente.  Quando você já não respirava eu me fui, te deixando como comida para os teus irmãos.... Vermes.

Outra gota se foi.